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A incapacidade de construir relacionamentos pode ser devido a vários motivos: talvez seus pais estivessem em crise há muito tempo (e como você sabe, todos ficam disfuncionais em uma crise) e não foram capazes de apoiar/ensinar uma comunicação saudável; ou você cresceu em um ambiente tóxico, e o poder da sociedade acabou sendo maior que os valores familiares, etc., em geral, os motivos não são tão importantes, antes, o importante é que isso possa ser refinado, corrigido, desenvolvido... A psicoterapia de grupo é o local mais adequado para pesquisa, conscientização, aceitação e desenvolvimento de habilidades de comunicação. Num grupo terapêutico, percebendo os motivos do seu comportamento, fica claro quais características abandonar, por serem importantes, saudáveis, promotoras de relacionamentos, e quais recusar. A participação num grupo permite perceber: 1. Como me comunico. Isso parece bastante simples, mas nem sempre é o caso; há um “ponto cego”, por assim dizer. Na vida, comunicamos da forma habitual e normalmente é claro porque deixamos de comunicar com alguém, porque é que não nos ligam de volta (ou param de ligar, não encontram tempo...) - raramente conseguimos descobrir . Num processo de grupo, ao receber sempre feedback, os participantes aprendem a olhar para si próprios através dos olhos dos outros. 2. Que sentimentos meu comportamento evoca nos outros? Através do feedback, fica claro sobre a tensão que surge, sobre os pontos fortes da interação e sobre o desenvolvimento dos relacionamentos. 3. A relação entre comportamento e impressões também pode ser rastreada. Fica claro o porquê, em decorrência do comportamento: os outros valorizam, sentem antipatia, acham agradável ou desagradável, respeitam, evitam, etc. 4. Autoestima objetiva. Com base nas informações obtidas nos parágrafos anteriores, é possível perceber quais são as habilidades e quão valiosas são, tirar uma conclusão sobre a autoestima, ver a si mesmo e os motivos do seu comportamento. Irvin Yalom escreve que as mudanças terapêuticas ocorrem quando há uma compreensão e aceitação das razões pelas quais: - “só eu posso mudar o mundo que criei para mim”. Ninguém pode mudar a situação em que você se encontra; - “a mudança não é perigosa” se você estiver em um espaço seguro, cuja criação exige tempo, esforço e pessoas em quem você pode confiar…. - então você pode experimentar; - “para conseguir o que quero, devo mudar.” Resta entender o que eu quero, o que me ajuda e o que me atrapalha....; - “Posso mudar, tenho força para isso”, ou seja, é importante organizar a força e o espaço para a mudança. Na vida cotidiana, não é tão fácil organizar esse espaço para você. Num grupo terapêutico, percebendo os motivos do seu comportamento, fica claro quais características abandonar, por serem importantes, saudáveis, promotoras de relacionamento, e quais recusar.

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