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É importante ensinar seu filho a se responsabilizar pelo que pensa, sente e como se comporta, para que não se considere vítima de pessoas más e de circunstâncias desfavoráveis. Exemplo da prática. O consentimento para publicação foi obtido do cliente. A mãe de uma adolescente (vamos chamar a menina de Dasha) me abordou com um pedido para descobrir o motivo pelo qual Dasha não podia dar a aula, enquanto ela dava aulas em casa e sabe tudo bem. Quando perguntei como estavam as coisas em casa, minha mãe lembrou-se de um incidente. Dasha estava conversando ao telefone com um amigo e naquele momento meu pai gritou: “Dasha, é hora de fazer o dever de casa!” Dasha desligou e com lágrimas nos olhos disse: “Pai, você me envergonhou na frente dos meus amigos, agora eles vão rir de mim!” Trabalhamos com Dasha usando cartões metafóricos. Pedi a ela que escolhesse uma foto que por algum motivo ela não gostasse. Você pode até selecionar várias fotos. Dasha escolheu esta foto. Depois outro segundo. Trabalhamos com cada foto separadamente. Pedi a Dasha que me contasse o que ela vê na imagem, o que os personagens sentem, o que pensam e por que agem daquela maneira aqui. Tanto no primeiro quanto no segundo caso, Dasha disse que o herói do filme (com quem ela se associa) ficou ofendido e desconfortável. E ele permanece em silêncio e nada faz para se defender. Então pedi a Dasha que descobrisse tantas maneiras quanto possível de responder à situação, mesmo que fossem fantásticas. Na primeira foto eles riram do herói. Dasha disse que aqui você pode pensar que o menino que ri também provavelmente tem algum tipo de problema ou dor própria: talvez alguém tenha rido dele também. Aí você poderá conversar com ele com calma, entender o que ele realmente quer. Se você não conseguir chegar a um acordo, pode simplesmente sair com calma e não se ofender. Na segunda foto, suas amigas discutiam sobre a garota pelas costas. Aqui ela também decidiu que não havia necessidade de ficar calada, mas sim de conversar com as meninas. Em primeiro lugar, pergunte-lhes por que não dizem na cara dela se não estão satisfeitos com alguma coisa. Então ela decidiu que precisava dizer a eles que não gostava quando as pessoas faziam isso com ela. E você pode avisar que ela não pretende continuar mantendo a amizade com esse espírito. Dasha chegou à conclusão de que os perseguidores também não são onipotentes e também podem ter pontos fracos. Depois convidei Dasha a escolher outra para cada foto, onde fosse desenhada a situação desejada. Para o primeiro ela escolheu este. -Que emoção você vê nessa foto, Dasha? - Alegria e confiança. Para o segundo assim. - Que emoção está aqui? - Também alegria. - Dasha, agora por favor me diga quais são os três passos que você precisa seguir para passar da primeira foto à segunda? Você pode fantasiar. - Pare de se ofender, converse com o agressor, vá brincar com outros caras. - Pare de se ofender, converse com as meninas, conte-lhes seus termos de amizade, encontre amigos com interesses semelhantes. Durante uma reunião, conseguimos descobrir o motivo pelo qual Dasha não responde na aula e por que ela reage dessa forma aos comentários dos pais. Juntos, encontramos outras formas de responder para sair da posição de vítima. Os pais receberam recomendações para ensinar Dasha a fazer escolhas independentes, para que respeitassem a escolha da criança e sempre deixassem claro que ela é responsável por sua escolha e por suas ações. E que uma criança tem o direito de cometer erros.

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